DEGRAVATA "um estilo próprio"
Depois de algum tempo ausente deste espaço por razões próprias, eis-me já na recepção da aprazível obra de Carmo Neto que um amigo me ofereceu.
O toque estilístico em Degravata é peceptível, antes é o que esperava desde a competência figurativa que há mais de vinte anos captava do conto «meu réu de colarinho branco». Carmo Neto evolue entre a crónica e o conto, com uma certa avalanche humorística onde a exploração de uma época que remonta da infância é ensoberbecida pela nostalgia e pela memória que nos é lembrada da (sua) infância. E isso perpassa mais ou menos toda a obra.
Se serão contos ou crónicas, no meu entender a fronteira entre um e outro é tênue, cumpre-me sobretudo a função de captar o discurso estilístico funcional, ou seja a serviço da própria escrita e da expressão literária, que ombrea com os melhores contos de narradores angolanos. Leitura aconselhável, sim senhor.
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